domingo, 15 de maio de 2011

simbolismo

O simbolismo foi um movimento que se desenvolveu nas artes plásticas, teatro e literatura. Surgiu na França, no final do século XIX, em oposição ao Naturalismo e ao Realismo.
Características do Simbolismo

- Ênfase em temas místicos, imaginários e subjetivos;
- Caráter individualista
- Desconsideração das questões sociais abordadas pelo Realismo e Naturalismo;
- Estética marcada pela musicalidade (a poesia aproxima-se da música);
- Produção de obras de arte baseadas na intuição, descartando a lógica e a razão
- Utilização de recursos literários como, por exemplo, a aliteração (repetição de um fonema consonantal) e a assonância (repetição de fonemas vocálicos).

Simbolismo no Brasil

No Brasil, o simbolismo teve início no ano de 1893, com a publicação de duas obras de Cruz e Souza: Missal (prosa) e Broquéis (poesia). O movimento simbolista na literatura brasileira teve força até o movimento modernista do começo da década de 1920. 

Principais artistas simbolistas

Literatura internacional:

- Charles Baudelaire – autor da obra As flores do mal (1857) que é considerada um marco no simbolismo lliterário.
- Arthur Rimbaud
- Stéphane Mallarmé
- Paul Verlaine

Literatura brasileira:

- Cruz e Souza
- Alphonsus de Guimaraens

Artes Plásticas:

- Paul Gauguin
- Gustave Moreau
- Odilon Redon

Teatro

- Maurice Maeterlinck
- Gabriele d'Annunzio

Parnasianismo

A Parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França, na metade do século XIX e se desenvolveu na literatura européia, chegando ao Brasil. Esta escola literária foi uma oposição ao romantismo, pois representou a valorização da ciência e do positivismo
O nome parnasianismo surgiu na França e deriva do termo "Parnaso", que na mitologia grega era o monte do deus Apólo e das musas da poesia. Na França, os poetas parnasianos que mais se destacaram foram: Théophile Gautier, Leconte de Lisle, Théodore de Banville e José Maria de Heredia.
Características do Parnasianismo
- Objetividade no tratamento dos temas abordados. O escritor  parnasiano trata os temas baseando na realidade, deixando de lado o subjetivismo e a emoção;
- Impessoalidade: a visão do escritor não interfere na abordagem dos fatos;
- Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza em sí e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético;
- O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias, buscando tornar as rimas esteticamente ricas;
- Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto;
- Temas da mitologia grega e da cultura clássica são muito frequentes nas poesias parnasianas;
- Preferência pelos sonetos;
- Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é usado em cada verso;
- Uso e valorização da descrição das cenas e objetos.

Parnasianismo no Brasil

No Brasil, o parnasianismo chegou na segunda metade do século XIX e teve força até o movimento modernista (Semana de Arte Moderna de 1922). 
Os principais representantes do parnasianismo brasileiro foram:
- Alberto de Oliveira. Obras principais: Meridionais (1884), Versos e Rimas (1895), Poesias (1900), Céu, Terra e Mar (1914), O Culto da Forma na Poesia Brasileira (1916).
- Raimundo Correia. Obras principais: Primeiros Sonhos (1879), Sinfonias(1883), Versos e Versões(1887), Aleluias(1891), Poesias(1898).
- Olavo Bilac. Obras principais: Poesias (1888), Crônicas e novelas (1894), Crítica e fantasia (1904), Conferências literárias (1906),Dicionário de rimas (1913), Tratado de versificação (1910), Ironia e piedade, crônicas (1916), Tarde (1919).
- Francisca Júlia. Obras principais: Mármores (1895), Livro da Infância (1899), Esfínges (1903), Alma Infantil (1912).
- Vicente de Carvalho. Obras principais: Ardentias (1885), Relicário (1888), Rosa, rosa de amor (1902), Poemas e canções, (1908), Versos da mocidade (1909), Páginas soltas (1911), A voz dos sinos, (1916).
* Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia formaram a chamada "Tríade Parnasiana".

Naturalismo

Naturalismo

Tendência das artes plásticas, da literatura e do teatro surgida na França na segunda metade do século XIX. Manifesta-se também em outros países europeus, nos Estados Unidos e no Brasil. Baseia-se na filosofia de que só as leis da natureza são válidas para explicar o mundo e de que o homem está sujeito a um inevitável condicionamento biológico e social.
As obras retratam a realidade de forma ainda mais objetiva e fiel do que no realismo. Por isso, o naturalismo é considerado uma radicalização desse movimento. Nas artes plásticas não tem o engajamento ideológico do realismo, mas na literatura e no teatro mantém a preocupação com os problemas sociais.
Influenciados pelo positivismo e pela Teoria de Evolução das Espécies, os naturalistas apresentam a realidade com rigor quase científico. Objetividade, imparcialidade, materialismo e determinismo são as bases de sua visão de mundo. Características do naturalismo existem na França desde 1840, mas é em 1880 que o escritor Émile Zola (1840-1902) reúne os princípios da tendência em seu livro de ensaios O Romance Experimenta.

Artes plásticas -A pintura dedica-se a retratar fielmente paisagens urbanas e suburbanas, nas quais os personagens são pessoas comuns. O artista pinta o mundo como o vê, sem as idealizações e distorções feitas pelo realismo para expor posições ideológicas. As obras competem com a fotografia.
Em meados do século XIX, o grande interesse por paisagens naturais leva um grupo de artistas a se reunir em Barbizon, na França, para pintar ao ar livre, uma inovação na época.
Mais tarde essa prática será adotada pelo impressionismo. Um dos principais artistas do grupo é Théodore Rousseau (1812-1867), autor de Uma Alameda na Floresta de L'Isle-Adam. Outro nome importante é Jean-Baptiste-Camille Corot (1796-1875).
O francês Édouard Manet (1832-1883) é um nome fundamental do período, fazendo a ponte do realismo e do naturalismo para um novo tipo de pintura que levará ao impressionismo. Ele retrata a realidade urbana sem muito da carga ideológica do realismo. Influencia os impressionistas, assim como é por eles influenciado. Fora da França destaca-se o inglês John Constable (1776-1837).
Literatura -A linguagem dos romances é coloquial, simples e direta. Muitas vezes, para descrever vícios e mazelas humanos, usam-se expressões vulgares. Temas do cotidiano urbano, como crimes, miséria e intrigas, são usuais. Os personagens são tipificados: o adúltero, o louco, o pobre.
A descrição predomina sobre a narração, de tal modo que se considera que os autores, em vez de narrar acontecimentos, os descrevem em detalhes. Acontecimentos e emoções ficam em segundo plano. O expoente é Émile Zola, autor de Nana e Germinal. Também são naturalistas os irmãos Goncourt, de Germinie Lacerteux.
Teatro -As principais peças são baseadas em textos de Zola, como Thérèse Raquin, Germinal e A Terra. A encenação deste último constitui a primeira tentativa de criar um cenário tão realista quanto o texto. Na época, o principal diretor de peças naturalistas na França é André Antoine (1858-1943), que põe em cena animais vivos e simula um pequeno riacho.
Outro autor importante do período, o francês Henri Becque (1837-1893), aplica os princípios naturalistas à comédia de boulevard, que ganha caráter amargo e ácido. Suas principais peças são A Parisiense e Os Abutres. Também se destaca o sueco August Strindberg (1849-1912), autor de Senhorita Júlia.
NATURALISMO NO BRASIL -No país, a tendência manifesta-se nas artes plásticas e na literatura. Não há produção de textos para teatro, que se limita a encenar peças francesas.
Nas artes plásticas está presente na produção dos artistas paisagistas do chamado Grupo Grimm. Seu líder é o alemão George Grimm (1846-1887), professor da Academia Imperial de Belas-Artes. Em 1884, ele rompe com a instituição, que segue as regras das academias de arte e rejeita a prática de pintar a natureza ao ar livre, sem seguir modelos europeus. Funda, então, o Grupo Grimm em Niterói (RJ). Entre seus alunos se destaca Antonio Parreiras (1860-1945). Outro naturalista importante é João Batista da Costa (1865-1926), que tenta captar com objetividade a luz e as cores da paisagem brasileira.
Na literatura, em geral não há fronteiras nítidas entre textos naturalistas e realistas. No entanto, o romance O Mulato (1881), de Aluísio Azevedo (1857-1913), é considerado o marco inicial do naturalismo no país. Trata-se da história de um homem culto, mulato, que vive o preconceito racial ao se envolver com uma mulher branca. Outras obras classificadas como naturalistas são O Ateneu, de Raul Pompéia (1863-1895), e A Carne, de Júlio Ribeiro (1845-1890). A tendência está na base do regionalismo, que, nascido no romantismo, se consolida na literatura brasileira no fim do século XIX e existe até hoje. (1836-1912) e França Júnior (1838-1890)

Realismo

Movimento artístico que se manifesta na segunda metade do século XIX. Caracteriza-se pela intenção de uma abordagem objetiva da realidade e pelo interesse por temas sociais. O engajamento ideológico faz com que muitas vezes a forma e as situações descritas sejam exageradas para reforçar a denúncia social. O realismo representa uma reação ao subjetivismo do romantismo. Sua radicalização rumo à objetividade sem conteúdo ideológico leva ao naturalismo. Muitas vezes realismo e naturalismo se confundem. 
Artes Plásticas - A tendência expressa-se sobretudo na pintura. As obras privilegiam cenas cotidianas de grupos sociais menos favorecidos. O tipo de composição e o uso das cores criam telas pesadas e tristes. O grande expoente é o francês Gustave Courbet (1819-1877). Para ele, a beleza está na verdade. Suas pinturas chocam o público e a crítica, habituados à fantasia romântica. São marcantes suas telas Os Quebradores de Pedra, que mostra operários, e Enterro em Ornans, que retrata o enterro de uma pessoa do povo. Outros dois nomes importantes que seguem a mesma linha são Honoré Daumier (1808-1879) e Jean-François Millet (1814-1875). Também destaca-se Édouard Manet (1832-1883), ligado ao naturalismo e, mais tarde, ao impressionismo. Sua tela Olympia exibe uma mulher nua que "encara" o espectador.
Literatura - O realismo na Literatura manifesta-se na prosa. A poesia da época vive o parnasianismo. O romance - social, psicológico e de tese - é a principal forma de expressão. Deixa de ser apenas distração e torna-se veículo de crítica a instituições, como a Igreja Católica, e à hipocrisia burguesa. A escravidão, os preconceitos raciais e a sexualidade são os principais temas, tratados com linguagem clara e direta.
Na passagem do romantismo para o realismo misturam-se aspectos das duas tendências. Um dos representantes dessa transição é o escritor e dramaturgo francês Honoré de Balzac (1799-1850), autor do conjunto de romances Comédia Humana. Outros autores importantes são os franceses Stendhal (1783-1842), que escreve O Vermelho e o Negro , e Prosper Merimée (1803-1870), autor de Carmen, além do russo Nikolay Gogol (1809-1852), autor de Almas Mortas.

literatura:Romantismo


O Romantismo surgiu na Europa em uma época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam os sistemas de governo despóticos e surgia o liberalismo político (não confundir com o liberalismo econômico do Século XX). No campo social imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às regras. ARevolução Francesa é o clímax desse século de oposição.
Alguns autores neoclássicos já nutriam um sentimento mais tarde dito romântico antes de seu nascimento de fato, sendo assim chamados pré-românticos. Nesta classificação encaixam-se Francisco Goya e Bocage.
O Romantismo surge inicialmente naquela que futuramente seria a Alemanha e naInglaterra. Na Alemanha, o Romantismo, teria, inclusive, fundamental importância na unificação germânica com o movimento Sturm und Drang.
O Romantismo viria a se manifestar de formas bastante variadas nas diferentesartes e marcaria, sobretudo, a literatura e a música (embora ele só venha a se manifestar realmente aqui mais tarde do que em outras artes). À medida que a escola foi sendo explorada, foram surgindo críticos à sua demasiada idealização da realidade. Destes críticos surgiu o movimento que daria forma ao Realismo.
No Brasil, o romantismo coincidiu com a Independência política do Brasil em 1822, com o Primeiro reinado, com a guerra do Paraguai e com a campanha abolicionista.

vozes verbais

Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal.

Voz Ativa

Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato.
Ex.
  • As meninas exigiram a presença da diretora.
  • A torcida aplaudiu os jogadores.
  • O médico cometeu um erro terrível.

Voz Passiva

Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.
A) Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito paciente.
Ex.
  • Entregam-se encomendas.
  • Alugam-se casas.
  • Compram-se roupas usadas.
B) Voz Passiva Analítica
A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal indicador de ação no particípio - ambos formam locução verbal passiva - e agente da passiva. Veja mais detalhes aqui.
Ex.
  • As encomendas foram entregues pelo próprio diretor.
  • As casas foram alugadas pela imobiliária.
  • As roupas foram compradas por uma elegante senhora.

Voz Reflexiva

Há dois tipos de voz reflexiva:

A) Reflexiva

Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo.
Ex.
  • Carla machucou-se.
  • Osbirvânio cortou-se com a faca.
  • Roberto matou-se.

B) Reflexiva recíproca

Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.
Ex.
  • Paula e Renato amam-se.
  • Os jovens agrediram-se durante a festa.
  • Os ônibus chocaram-se violentamente.

Passagem da ativa para a passiva e vice-versa

Para efetivar a transformação da ativa para a passiva e vice-versa, procede-se da seguinte maneira:
  1. O sujeito da voz ativa passará a ser o agente da passiva.
  2. O objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da voz passiva.
  3. Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo transitivo direto da ativa.
  4. Na voz passiva, o verbo transitivo direto ficará no particípio.

Voz ativa

A torcida aplaudiu os jogadores.
  • Sujeito = a torcida.
  • Verbo transitivo direto = aplaudiu.
  • Objeto direto = os jogadores.

Voz passiva

Os jogadores foram aplaudidos pela torcida.
  • Sujeito = os jogadores.
  • Locução verbal passiva = foram aplaudidos.
  • Agente da passiva = pela torcida.

termos acessorias da oração

4 - TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
Sobre os Termos Acessórios
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses  termos:
- caracterizam o ser;
- determinam os substantivos;
- exprimem circunstância.
São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o adjunto adnominal e oaposto.
Vamos observar o exemplo:
Anoiteceu.
No exemplo acima, temos uma oração de predicado verbal formado por um verbo impessoal. Trata-se de uma oração sem sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir a mensagem enunciada. Poderíamos, no entanto, ampliar a gama de informações contidas nessa frase:
Por Exemplo:
Suavemente anoiteceu na cidade.
A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, agora, duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o lugar onde anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios que indicam circunstâncias relativas ao processo verbal damos o nome deadjuntos adverbiais.
Agora, observe o que ocorre ao expandirmos um pouco mais a oração acima:
Por Exemplo: 
Suavemente anoiteceu na deserta cidade do planalto.
Surgiram termos que ser referem ao substantivo cidade, caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido. Trata-se de termos acessórios que se ligam a umnome, determinando-lhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais.
Por último, analise a frase abaixo:
Fernando Pessoa era português.
Nessa oração, o sujeito é determinado e simples: Fernando Pessoa. Há ainda um predicativo do sujeito (português) relacionado ao sujeito pelo verbo de ligação (era). Trata-se, pois, de uma oração com predicado nominal. Note que a frase é capaz de comunicar eficientemente uma informação. Nada nos impede, no entanto, de enriquecer mais um pouco o conteúdo informativo. Veja:
Fernando Pessoa, o criador de poetas, era português.
Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um termo que explica, que enfatiza esse núcleo: o criador de poetas. Esse termo é chamado de aposto.

Complemento Nominal

completando o sentido desse nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). 


                   Obj. direto                  complemento nominal Ex.: Faça uma rápida leitura   do texto

                  núcleo do adjunto adverbial de lugar Ele mora perto    de um grande hotel
                               Complemento nominal do advérbio perto. 
O núcleo do complemento nominal é representado por um substantivo (ou palavra com valor de substantivo), poderá ser também representado por um pronome oblíquo. 

                                                          núcleo do objeto direto. 
Ex.: Tenho-lhe uma justificada admiração. 
                    complemento nominal de admiração 

O complemento nominal pode caber a uma oração com valor de substantivo, receberá o nome deoração subordinada substantiva completiva nominal. 
Ex.: Chego à conclusão  de que o contrato só beneficiou
                                                     os americanos. 
          oração principal                    oração subordinada substantiva 
                                                                 
completiva nominal 

Complementos Verbais

Complemento verbal, ou simplesmente objeto, é o complemento exigido pelo verbo transitivo, para que o verbo tenha sentido completo. Para descobrir o complemento verbal, ou objeto, de uma oração basta fazer uma pergunta com "que" ou "quem" depois do verbo. O complemento verbal, ou objeto, da oração "João viu o irmão é "irmão", porque é a resposta da pergunta: "Viu quem"?
Já o Complemento Nominal é exigido, é essencial para que se complete a significação de um substantivo, de um adjetivo ou de um advérbio. Existem não somente verbos que precisam ser completados em sua significação; dos substantivos, dos adjetivos e dos advérbios há também os que não têm significação absoluta; necessitam, para que sua significação se complete, de um complemento que lhe inteire a significação. Se há substantivos, adjetivos e advérbios que têm significação absoluta, como muro, mão amanhã, há, por outro lado, os que necessitam de um termo que lhes integre o sentido. O complemento de palavras como estas vem a ser o Complemento Nominal. Exemplos: - Amor 'á pátria' - Obediência 'ao mestre' - Chegada 'ao país' - Digno 'de louvor' - Relativamente 'a todos'.
Chama-se predicação verbal ao resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e o verbo e entre os verbos e os complementos. Quanto à predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos ou de ligação.

1) Verbo Intransitivo

É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar, portanto, de um outro termo para completar o seu sentido. Sua ação não transita.

Por Exemplo:
O avião caiu.

O verbo cair é intransitivo, pois encerra um significado completo. Se desejar, o falante pode acrescentar outras informações, como:

local: O avião caiu sobre as casas da periferia.

modo: O avião caiu lentamente.

tempo: O avião caiu no mês passado.

Essas informações ampliam o significado do verbo, mas não são necessárias para que se compreenda a informação básica.

2) Verbo Transitivo

É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem sente, sente algo; quem revela, revela algo a alguém. O sentido desse verbo transita, isto é, segue adiante, integrando-se aos complementos, para adquirir sentido completo. Veja:
S. Simples Predicado
As crianças precisam de carinho.
1 2

1= Verbo Transitivo 
2= Complemento Verbal (Objeto)

O verbo transitivo pode ser:

a)Transitivo Direto: é quando o complemento vem ligado ao verbo diretamente, sem preposição obrigatória.

Por Exemplo:
Nós escutamos nossa música favorita.
1

1= Verbo Transitivo Direto

Termos Essenciais da Oração

SUJEITO
É o ser de que se declara alguma coisa.
O sujeito pode ser:
Simples = quando houver uma só palavra (núcleo) nesta função. Por exemplo: O gato é mamífero.
Composto = quando houver mais de uma palavra nesta função. Por exemplo: O gato e o cachorro são mamíferos.
Indeterminado = quando aquele que fala ou escreve deixa de mencionar o sujeito. Por exemplo: Precisa-se de operários.
Nota: Para indeterminar o sujeito, existem dois recursos: 1º) empregar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a qualquer sujeito mencionado anteriormente. Por exemplo: Arrancaram as árvores da avenida. 2º) empregar o verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome SE e de uma preposição qualquer ou de um advérbio qualquer. Por exemplo: Necessita-se de ferramentas. Vive-se bem aqui. Assiste-se a bons filmes.
Observe-se que o pronome SE, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito. E o verbo de tais orações, ou é transitivo indireto ou intransitivo.
Inexistente = há orações que não possuem sujeito. O verbo de tais orações só admitem a terceira pessoa do singular e são chamados, por alguns gramáticos, de verbos impessoais. Por exemplo: Há pessoas na sala. Faz frio aqui. Está calor. Choveu muito ontem.
Oculto = este é o mesmo sujeito simples. Ele não aparece na frase, mas está subentendido. Por exemplo: Sou apaixonado por você. (subentende-se que o sujeito é a primeira pessoa do singular = Eu).
Observação: O sujeito simples(claro ou oculto) e o composto são chamados de sujeito determinado.
PREDICADO
É aquilo que se declara do sujeito se a oração o possui.
Há três tipos de predicado:
Verbal = quando o núcleo do predicado for um verbo transitivo ou intransitivo e, também, sem a presença de um predicativo qualquer. Por exemplo: O aluno leu o livro. (o verbo ler é transitivo direto e o livro é objeto direto).
Nominal = é aquele no qual figura um verbo de ligação(ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar) devidamente acompanhado de um predicativo do sujeito. Por exemplo: O professor é experiente. (o verbo ser é de ligação e experiente é predicativo do sujeito).
Verbo-nominal = possui um verbo não de ligação e um predicativo qualquer como núcleos do predicado. Por exemplo: Eu considero você inteligente. (o verbo considerar é transitivo direto, você é objeto direto e inteligente é o predicativo do objeto).

Frase, Oração e Periodo

Frase

É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. 

Na frase é facultativo o uso do verbo.
Exemplos: 
- Atenção!
- Que frio!
- A China passa por dificuldades.

As frases classificam-se em: 

Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita vida...” (Machado de Assis)

Interrogativa: utiliza uma pergunta. “Entro num drama ou saio de uma comédia?” (Machado de Assis)

Exclamativa: expressa sentimento. “Que imenso poeta, D. Guiomar!” (Machado de Assis)

Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais perto...” (Machado de Assis)

Optativa: expressa um desejo. "Tomara que você passe na prova".
“Vou-me embora.”, o enunciado fornece uma mensagem, porém usou verbo é o que chamamos de oração.


Oração

É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.

Na oração é preciso usar verbo ou locução verbal.
Exemplos: 
- A fábrica, hoje, produziu bem.
- Homens e mulheres são iguais perante a lei. 

“- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo na academia, Vou-me embora.”, o enunciado apresenta uma mensagem em que se utilizou vários verbos é o que chamamos de período.


Período

É a oração composta por um ou mais verbos.

O período classifica-se em:

Simples: tem apenas uma oração.
- “As senhoras como se chamam?” (Machado de Assis)

Composto: tem duas ou mais orações.
- “Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha”. (Machado de Assis)